Sobre a Estação

Flavio e Duda se conhecem por intermédio de uma amiga em comum, Michele. Apaixonam-se e decidem fugirem juntos. O problema é que Duda namora João, que está muito doente.
Michele, que sempre amou Flavio platonicamente, decide acabar com o amor de Flavio e Duda e usa a doença de João como pretexto.
Pedro, irmão de Flavio, ajuda o casal em sua fuga e desconfia da amizade de Michele.
João não contou a Duda a real gravidade de sua doença.
Na véspera do dia combinado para fugirem, Duda vai ao encontro da amiga em busca de conselhos: essa é a chance de Michele.
No dia seguinte Flavio espera por Duda na estação. Paralelamente, João a espera no chalé nas montanhas onde planejaram passar o final de semana.
Pedro vai a estação levar a carteira que Flavio havia esquecido em casa. Na volta, depara-se com Michele e nesta “topada” encontra um bilhete que pode mudar o curso desta historia.
O relógio marca 8h30. o trem parte às 9h15. haverá tempo?

domingo, 20 de dezembro de 2009

A espera de Flávio. A partida para o amor.

Como todo homem turrão e com pose machista, Flavio nunca deixou-se levar pelo "torvelinho da paixão". Nunca até encontrar Duda naquela noite. E ser apresentado àquela que o faria repensar seus conceitos e teorias sobre o amor.
Depois daquela noite não foi capaz de ficar nem um dia sem vê-la. Não suportava a ausência, o vazio que caía sobre ela quando ela não estava...
Inúmeras vezes havia dito que isso jamais aconteceria com ele. E se enganou... "É isso o amor?" "Isso é amar?", perguntava-se. E ela era a resposta... Engraçado, era como se eles se conhecessem há tempos.
Quando ficou claro que não podiam mais fingir, Flavio pede a Duda que deixe tudo e fique com ele. E ela aceita. Mas a noticia da doença de João cai sobre eles como uma forte chuva de verão: pesada, fria... Duda diz não ter coragem de dar as costas à João num momento tão delicado. Mas como não podia mais sustentar um relacionamento que não existia, estava disposta a fugir com ele. "Você topa?". Como dizer não ao amor?
A ânsia de tê-la para sempre era tanta ao ir para a estação, que esqueceu em casa a carteira e os documentos. Que bom que havia Pedro para socorrê-lo...
Nesse interim, Michele lhe telefona para saber se já está tudo pronto, diz ainda que irá se despedir dos dois na estação. Flávio lhe pede que traga flores para que ele possa dar à Duda.
Quando Michele chega, está estranha e levemente alegre, mas Flávio não percebe. Quer que Duda chegue logo pra que possam ficar juntos sem melindres.
Mas a amiga trás um bilhete cheio de desculpas. Um espada transpassa seus sentimentos. O sorriso morre em seus lábios. Como voltaria para sua vida agora tão desinteressante?
No lugar do grito e do choro contido, a foto é rasgada.
O apoio de Michele é reconfortante mas não é suficiente. Algo nos olhos dela era alívio e luxuria. O beijo roubado o deixa sem ação. Precisa sentar, para entender tanto a atitude da amiga, quanto o que aconteceria daqui pra frente.
Não podia continuar ali e aceitar que Duda não viria. Tomaria uma atitude: Talvez a partida. Talvez a luta.

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